sábado, 24 de abril de 2010

Sociologia - Agrupamentos Sociais

Agrupamentos Sociais

1. Os grupos sociais

Grupo social: á a reunião de duas ou mais pessoas, interagindo umas com as outras, e por isso capazes de ação conjunta, visando atingir um objetivo comum.

Principais grupos sociais:

Grupo familiar – família;
Grupo vicinal – vizinhança;
Grupo educativo – escola;
Grupo religioso – igreja;
Grupo de lazer – clube;
Grupo profissional – empresa;
Grupo político – Estado, partidos políticos;

Características de um grupo social:

Pluralidade de indivíduos – há sempre mais de um individuo no grupo, coletivismo;
Interação social – os indivíduos comunicam-se uns com os outros;
Organização – todo o grupo, para funcionar bem precisa de uma ordem interna;
Objetividade e exterioridade – quando uma pessoa entra no grupo ele já existe, quando sai ele permanece existindo;
Objetivo comum – união do grupo para atingir os objetivos dos mesmos;
Consciência grupal ou sentimento de “nós” – compartilham modos de agir, pensamentos, idéias, etc. Ex: Nós ganhamos.
Continuidade – é necessário ter uma certa duração. Não pode aparecer e desaparecer com facilidade.

Classificação dos grupos sociais:

Grupos primários – predominam os contatos primários, mais pessoais, diretos, como a família, os vizinhos, etc.
Grupos secundários – são mais complexos, como as igrejas e o estado, em que predominam os contatos secundários, neste caso, realizam-se de forma pessoal e direta – mas sem intimidade – ou de maneira indireta como cartas, telegramas, telefonemas, etc.
Grupos intermediários – são aqueles que se alternam e se complementam as duas formas de contatos sociais (primários e secundários). Ex: escola.

2. Outras formas de agrupamentos sociais

Agregados sociais: é uma reunião de pessoas que mantém entre si o mínimo de comunicação e de relações sociais. Podemos destacar a multidão, o publico, e a massa.

Multidão: Ex: um grupo de pessoas observando um incêndio.

Características da multidão:

• FALTA DE ORGANIZAÇÃO: não possui um conjunto de normas.
• ANONIMATO: não importa quem faz parte da multidão.
• OBJETIVOS COMUNS: os interesses, as emoções, e os atos têm o mesmo sentido.
• INDIFERENCIAÇÃO: todos são iguais perante a multidão, não há espaço para manifestar as diferenças individuais.
• PROCIMIDADE FISICA: os componentes da multidão ficam e contato direto e temporário uns dos outros.

Publico: é um agrupamento de indivíduos que seguem os mesmos estímulos. Não se baseia no contato físico, mas na comunicação recebida através dos diversos meios de comunicação. Ex: indivíduos assistindo a um jogo – todos que estão juntos recebem o mesmo estimulo - e não se trata de uma multidão porque todos que estão juntos foram com o mesmo propósito – assistir ao jogo – diferente da multidão, já que a reunião é ocasional.

Opinião publica: modo de pensar, agir, e sentir de um público.

Massa: é formada por indivíduos que recebem opiniões formadas através dos meios de comunicação de massa.

Diferença entre publico e massa: Publico – recebe a opinião e pode opinar.
Massa – predomina a comunicação transmitida pelo os meios de massa.

3. Mecanismos de sustentação dos grupos sociais

Toda a sociedade tem uma serie de forças que mantém os grupos sociais. As principais são a liderança, as normas e sanções sociais, os valores sociais e os símbolos sociais.

Liderança: é a ação exercida por um líder, aquele que dirige o grupo. A dois tipos:

Liderança institucional - autoridade varia de acordo com a posição social ou do cargo que ocupa no grupo. Ex: gerente de uma fabrica, pai de família, etc.
Liderança pessoal – autoridade varia das qualidades pessoais do líder (inteligência, poder de comunicação, atitudes). Ex: Getulio Vargas, Adolf Hitler, etc.
 
Normas e sanções sociais: 

Normas sociais: regras de conduta de uma sociedade, que controlam e orientam o comportamento das pessoas. Indica o que é “permitido” e “proibido”.
Sanção social: é uma recompensa ou uma punição que o grupo determina para os indivíduos de acordo co o seu comportamento social. É aprovativa quando vem sob a forma de aceitação, aplausos, honras, promoções. É reprovativa quando vem sob a forma de punição imposta ao individuo que desobedece a alguma norma social. Ex: insulto, zombaria, prisão, pena de morte.

Valores sociais: variam no espaço e no tempo, em função de cada época, geração e cada sociedade. Ex: o que é bonito para os jovens nem sempre é aceito pelos mais velhos. As roupas, os cabelos, modo de dançar, as idéias, o comportamento, enfim, entram em choque com os valores sociais já estabelecidos e cultivados por seus pais, criando uma certa tensão entre jovens e adultos.

Símbolos: é algo cujo valor e significado é atribuído pelas pessoas que o utilizam. Ex: a aliança que simboliza a união de casais.
A linguagem é um conjunto de símbolos. Podemos dizer que todo o comportamento humano é simbólico e todo o comportamento simbólico é humano, já que a utilização de símbolos é exclusiva do homem. Sem os símbolos não haveria cultura.

4. Sistema de status e papéis

A posição ocupada por um individuo no grupo social denomina-se status social.

Status social: implica direitos, deveres, prestigio, e ate privilégios, conforme o valor social conferido a cada posição. Ex: os chefes de uma grande empresa têm muitas regalias – sala decorada, respeito dos funcionários – já os de posição inferior não possuem. Ou seja, tem status mais elevado.

Dependendo de como o individuo obtém seu status pode ser classificado como:

Status atribuído: não é escolhido pelo individuo, e não depende de si próprio. Ex; irmão caçula, filho de operário.
Status adquirido: depende das qualidades pessoais do individuo, de sua capacidade, e habilidade. São status adquiridos através de anos de luta e competição, supõe a vitória sobre os rivais. A pessoa demonstra superioridade. Ex: classe alta.
Papel social: são comportamentos que o grupo social espera de qualquer pessoa que ocupe determinado status social.Corresponde às tarefas e obrigações atribuídas de acordo com o status do individuo.

Status e papel são coisas inseparáveis e só os distinguimos para fins de estudo. Não há status que não corresponda a um papel social e vice-versa.Todas as pessoas sabem o que esperar ou exigir do individuo de acordo com o status ocupado no grupo ou na sociedade. E a sociedade sempre encontra meios para punir os indivíduos que não cumprem seu papel.

5. Estrutura e organização social



Estrutura social: é a totalidade dos status existentes num determinado grupo social ou numa sociedade.
Organização social: é o conjunto de todas as ações que são realizadas quando os membros de um grupo desempenham seus papeis sociais.

Assim, enquanto a estrutura social da a idéia de algo estático, que simplesmente existe, a organização social da a idéia de uma coisa que acontece.
A estrutura social se refere a um grupo de partes – ex: reunião de indivíduos – enquanto a organização social se refere às relações que se estabelecem entre essas partes.
Quanto mais complexa a sociedade, mais complexa e maior será a sua estrutura e organização social.
Tanto a estrutura quanto a organização social não permanecem sempre iguais. Elas podem passar, e passam com freqüência, por um processo de mudança social.

Inatismo


Platão: Um dos grandes filósofos inatistas 

Chama-se inatismo à doutrina segundo a qual há certas ideias, princípios, noções, máximas - especulativas, ou práticas - que são inatas, quer dizer, que possuem a alma, o espírito, etc, de todos os homens sem excepção.

A primeira fase da história do inatismo constitui a doutrina platônica. Elemento capital desta foi a ideia da reminiscência. Esta ideia, combinada com frequência com a doutrina agostiniana da iluminação, exerceu grande influência durante toda a idade média, e opôs-se geralmente ao empirismo do princípio “nada há no intelecto que não estivesse antes nos sentidos”, de ascendência aristotélica, até ao ponto de esta questão, muitas vezes, ser a que estabeleceu uma separação terminante entre o platonismo e o aristotelismo. Geralmente, o pensamento antigo, com excepção das correntes sofísticas e cépticas, inclinou-se para o inatismo. Dentro deste geral inatismo inseriu-se a discussão acerca de se as noções consideradas como princípios deviam ser estimadas como atuais ou potenciais, e isto é muitas vezes o que introduz a citada diferença de opinião entre os platônicos e o s aristotélico.. Embora Platão tenda para pensar que tais princípios são antes disposições que podem usar-se num momento determinado pela ação de um bem dirigida causa exterior, a sua tendência para o inatismo atual é muito mais acentuada que em Aristóteles, para quem os princípios comuns se identificam quase sempre com disposições ou faculdades. Na época moderna, o problema do inatismo adquiriu um novo sentido em Descartes. Houve grandes e frequentes disputas acerca do inatismo, durante os séculos dezassete e dezoito, dividindo-se os autores em inatistas (extremos ou moderados) e anti-inatistas. Assim, enquanto Descartes e Malebranche podem ser considerados como inatistas, Locke combate a teoria das ideias inatas no seu ENSAIO SOBRE O ENTENDIMENTO HUMANO, que era também dirigido contra o inatismo da escola de Cambridge. Locke rejeita “a opinião arreigada de alguns de que há certos princípios inatos, noções primárias ou caracteres impressos no espírito humano. Tais princípios ou noções enatas não são, segundo Locke, necessários para explicar coamo podem os homens chegar a possuir todo o conhecimento que têm. Basta - diz - “o uso das suas faculdades naturais”, com o que, seja dito de passagem, Locke reconhece que há umas faculdades que são inatas, o que faz com que o inatismo de Locke seja moderado. Embora os raciocínios matemáticos pareçam constituir uma prova em favor do inatismo, Locke declara que não há tal, pois uma coisa é dizer que não há princípios evidentes por si mesmo e outra coisa muito diferente proclama que tais princípios são inatos.

Na disputa sobre o inatismo destaca-se a polémica entre Locke e Leibniz. Observemos que assim como Locke não era um anti-inatista radical, tão pouco Leibniz era um radical inatista. Com efeito, Leibniz não afirmava que as chamadas ideias inatas ou princípios inatos se encontram efetiva e positivamente no espirito dos homens. De contrário, haveria que supor que tais princípios se manifestam sempre e sem nenhuma peia. O que há no espírito humano é evidência das “verdades eternas”. “Inato” não significa, portanto, para Leibniz, “o que efetivamente se sabe”, mas ”o que se reconhece como evidente”. Por isso é preciso distinguir entre “os pensamentos como ações” e “conhecimentos ou verdades como disposições”. Enquanto em Locke se trata de “disposições para conhecer verdades”, em Leibniz trata-se, conforme apontamos, de “verdades como disposições”. Assim, Locke põe a tônica na faculdade e Leibniz põe-na sobre a verdade. Embora se possa dizer, portanto, que em geral os racionalistas eram inatistas e os empiristas, se exceptuarmos Berkeley, eram anti-inatistas, as diferenças não consistiam tanto no que os autores diziam como no modo de dizê-lo, ou se se preferir, no tipo de prova aduzido para demonstrar ou reforçar as suas respectivas posições.

Problemas:
Uma das grandes polémicas filosóficas foi a do inatismo das ideias. Não vai muito tempo, o ateu Bertrand Russell insultava Platão e Leibniz; Nietzsche dizia que Kant era estúpido; Locke afirmava que Descartes não estava totalmente certo, embora não o desmentisse em toda a linha e até entrasse em contradição em relação ao inatismo. A contradição ética de Espinosa ainda foi mais flagrante: ao mesmo tempo que adoptou a teoria de Hobbes no que respeita à valorização do poder absoluto político e terreno, com a consequente ausência do inatismo, considerava que o Bem consistia na união com o seu Deus panteísta; Espinosa foi ateu e panteísta ao mesmo tempo.

Mas o problema já vinha de trás, dos gregos da escola Megárica e dos estóicos. Do epicurismo e do estoicismo surgiu a teoria da “tábua rasa” mais tarde adoptada pelos empiristas ingleses a partir de John Locke. Influenciado por este, Voltaire assumiu a mesma linha de pensamento. Com o positivismo, a luta contra o inatismo passou a ser feroz e atingiu o seu clímax com Karl Marx; pelo meio ficou o coitado do Darwin que nunca se assumiu publicamente como ateu.

A atitude mais moderada no meio desta controvérsia foi a de Leibniz que considerava que o inatismo era parcelar e diminuto, isto é, existem apenas pequenos resquícios de ideias inatas, e todas as outras são consequência da experiência. Mesmo assim, foi criticado pelos empiristas ingleses como Hume, Bentham e Stuart Mill (entre outros).

Entretanto, vão aparecendo notícias da ciência que nos dizem que Leibniz não estaria de todo errado, e que Platão viu aquilo que a alegada inteligência do Bertrand Russell não conseguiu ver: o cérebro humano processa a informação da realidade exterior independentemente do sentido da visão.

O cérebro de um cego de nascença separa os objectos concebidos através das ideias e conceitos que tem desses objectos (sem nunca os ter visto, naturalmente) por categorias específicas processadas em determinadas áreas do cérebro ― tal como o faz uma pessoa que não é cega, isto é, o funcionamento do cérebro humano é independente da sensação, ou melhor, o cérebro não necessita da sensação para a percepção.

Empirismo

John Locke: O principal filósofo empirista

O empirismo é uma teoria filosófica que defende o conhecimento da razão, da verdade e das idéias racionais através da experiência. Essa teoria muito desagrada os adeptos da teoria inatista que afirma termos em nossa mente desde o período extra-uterino princípios racionais e idéias verdadeiras.

O empirismo é descrito-caracterizado pelo conhecimento científico, a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das idéias por onde se percebe as coisas, independente de seus objetivos e significados; pela relação de causa-efeito por onde fixamos na mente o que é percebido atribuindo à percepção causas e efeitos; pela autonomia do sujeito que afirma a variação da consciência de acordo com cada momento; pela concepção da razão que não vê diferença entre o espírito e extensão, como propõe o Racionalismo e ainda pela matemática como linguagem que afirma a inexistência de hipóteses.

John Locke é considerado o principal figurante do empirismo. Com sua corrente, denominada Tabula Rasa, afirmou que as pessoas desconhecem tudo, mas que através de tentativas e erros aprendem e conquistam experiência. Sua corrente também originou o behaviorismo que busca o entendimento dos processos mentais internos do homem.

Outros filósofos estão associados ao empirismo como: Tomás de Aquino, Francis Bacon, Thomas Hobbes, George Berkeley, David Hume e Hohn Stuart Mill. Destes e Thomas Hobbes conseguiram influenciar uma geração de filósofos do Reino Unido com o empirismo no século XVII.

 Um dos grandes problemas enfrentados por filosofias empiristas da ciência diz respeito à natureza semântica dos conceitos e enunciados presentes nas teorias científicas bem sucedidas. Pois, considerando que empiristas em geral não admitem que aquilo que é designado pelo conceito e pelo enunciado possa extrapolar os limites da experiência sensível; e considerando, em segundo lugar, que também em geral os conceitos e enunciados científicos extrapolam tal âmbito fenomenalista; segue-se que concepções empiristas de ciência se revelam defeituosas no que diz respeito à apreciação filosófica dos conceitos e enunciados científicos.

Assim, ou empiristas devem se restringir a aceitar conceitos e enunciados que designem tão somente o que podemos observar (e com isso, na prática, abandonar de vez qualquer pretensão de compreender o conhecimento científico) ou deveriam então aceitar que os conceitos e os enunciados possam ser compreendidos como designações de ocorrências não diretamente experienciáveis, mas nem por isso menos reais ou significativos. Portanto tudo indica que o problema empirista da aceitação dos conceitos e enunciados científicos, na forma da disjunção acima, ou o conduz a não explicar adequadamente o conhecimento científico ou o conduz a deixar de ser um empirista. Diante deste problema, várias alternativas empiristas têm sido propostas ao longo da história do empirismo na filosofia da ciência: instrumentalismo; justificacionismo; naturalismo; construtivismo etc.

E cada uma delas possui seus méritos e problemas internos peculiares. Uma outra alternativa é o holismo: concepção segundo a qual os conceitos e enunciados científicos não podem ser apreciados como uma unidade semântica básica; ao invés, deve ser compreendido o papel que este conceito ocupa na rede teórica a partir do qual é formulado e proposto. Esta alternativa holística se apresenta como um instrumento teórico importante para os empiristas pois, por meio dele, é possível deslocar a discussão do significado do conceito e do enunciado para a discussão alternativa do papel do conceito e do enunciado no sistema como um todo. Com isso a disjunção antes apresentada – ou o conceito e o enunciado possui um significado ou não possui um significado – deixa de vigorar numa concepção holística, e deste modo os empiristas podem se capacitar a apresentar teorias da ciência que não estejam limitadas a princípios fenomenalistas.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Química - Soluções Químicas

As soluções são misturas homogêneas onde o componente que aparece em menor quantidade é denominado soluto e o componente que aparece em maior quantidade é denominado solvente. Em uma solução, as partículas do soluto possuem as seguintes características:






v      São átomos, íons ou moléculas pequenas.






v      Possuem diâmetro menor que Å.






v      Não sofrem sedimentação.






v      Não podem ser separadas do solvente por filtração.






v      Não podem ser observadas em solução por nenhum aparelho conhecido.






As soluções se diferenciam inicialmente quanto a dois fatores principais: fase de agregação e condutibilidade elétrica. Elas também podem ser classificadas segundo a relação existente entre a quantidade de solvente quanto insaturadas, saturadas e supersaturadas. E ainda é comum, classificar as soluções em diluídas ou concentradas, considerando a proporção entre soluto e solvente.






Exemplo:  Sal de cozinha em água.







Ø      Classificação das soluções quanto à fase de agregação







As soluções podem ser encontradas em qualquer fase de agregação: sólida, líquida e gasosa. A fase se agregação de uma solução é determinada pela fase de agregação do solvente. Observe, na tabela abaixo, alguns exemplos desta constatação:


Solução


Solvente


Soluto


Exemplo


 
Gasosa


 
Gasoso
 


 
Gasoso


 
Gás Oxigênio + Gás Nitrogênio


 
 
Líquida
 


 
 
Líquido


 
Gasoso
Líquido
Sólido
 


 
Água + Gás Oxigênio
Água + Álcool Etílico
Água + Sacarose


 
 
Sólida


 
 
Sólido
 


 
Gasosa
Líquido
Sólido


 
Paládio + Gás Hidrogênio
Ouro + Mercúrio
Zinco + Cobre


Ø      Classificação das soluções quanto à condutibilidade elétrica



As soluções que apresentam apenas moléculas como partículas dispersas não conduzem corrente elétrica, pois as moléculas como são eletricamente neutras. Essas soluções são denominadas moleculares ou não eletrolíticas. As soluções que apresentam íons como partículas dispersas conduzem corrente elétrica, pois os íons são carregados eletricamente. Essas soluções são denominadas iônicas ou eletrolíticas.



Solução Insaturada




Uma solução é dita insaturada quando contém, a uma determinada temperatura, uma quantidade de soluto inferior ao coeficiente de solubilidade nessa temperatura. Graficamente pode-se observar que todos os pontos do gráfico que estão abaixo da curva de solubilidade indicam soluções insaturadas.



Exemplo: Será saturada toda solução de NaCl e H2O que contiver a 50ºC uma quantidade inferior a 37,0 g de NaCl por 100 g de H2O.  



Solução Saturada



Uma solução é dita saturada quando contém, a uma determinada temperatura, uma quantidade de soluto dissolvido exatamente igual ao coeficiente de solubilidade nessa temperatura. A solução saturada pode ou não apresentar precipitado (corpo de fundo). Graficamente, todos os pontos do gráfico que estão  na curva de solubilidade indicam soluções saturadas sem presença de precipitado. Os pontos que estão acima da curva de solubilidade indicam soluções saturadas com presença de precipitado (sistemas bifásicos).



Exemplos: Uma solução de NaCl e H2O a 50ºC, que contém exatamente 37,0 g de NaCl por 100 g de H2O, será saturada sem presença de precipitado, ou também, uma solução de NaCl e H2O a 50ºC, com 39,0 g de NaCl por 100 g de H2O, será saturada com presença de precipitado, isto é, 37,0 g se dissolveram totalmente em 100 g de H2O e 2,0 g precipitam para o fundo do recipiente.             



Solução Supersaturada



Uma solução é dita supersaturada quando contém, a uma determinada temperatura, uma quantidade de soluto dissolvido superior ao coeficiente de solubilidade da substância nessa temperatura. A solução supersaturada é instável e a mínima perturbação do sistema faz com que ela se torne uma solução saturada com a presença de precipitado.



Exemplo: A solução supersaturada pode ser preparada da seguinte forma:



Dissolvem-se 39,0 g de NaCl em 100 g de H2O a 100ºC, obtendo-se assim uma solução insaturada. Deixa-se o sistema resfriar em repouso absoluto até 50ºC. O resultado é uma solução supersaturada, contendo 2,0g de NaCl dissolvidos, acima do coeficiente de solubilidade nessa temperatura. Submetendo-se o sistema nessas condições a qualquer perturbação, ou acrescentando-se ao sistema um cristal de NaCl, por menor que seja, imediatamente os 2,0g em excesso se precipitam para o fundo do recipiente.   
Solução Diluída



Nessa solução a quantidade de soluto na solução é considerada pequena. Tem-se como parâmetro que as soluções diluídas são aquelas que possuem no máximo um décimo de mol (0,1 mol) de soluto por litro de solução.



Exemplo: Sabendo que a massa molar do NaCl é 58,5 g/mol, toda solução de NaCl que tiver 5,85 g de NaCl por litro de solução ou menos que isso é considerada diluída.



Solução Concentrada



Nessa solução a quantidade de soluto na solução é considerada grande. Tem-se como parâmetro que as soluções diluídas são aquelas que possuem mais que um décimo de mol de soluto por litro de solução.



Exemplo: Soluções aquosas de  NaCl que apresentam mais de 5,85 g de NaCl  por litro de solução ou menos são consideradas concentradas. 



Dispersão 



As dispersões ou dispersões  coloidais são misturas heterogêneas onde o componente que aparece em menor quantidade é denominado disperso e o componente que aparece em maior quantidade é denominado dispergente. Em uma dispersão coloidal, as partículas do disperso possuem as seguintes características:



v      São agregados de átomos, íons ou moléculas, ou ainda macromoléculas ou macroíons;



v      O diâmetro das partículas do disperso fica entre 10 Å e 1000 Å;



v      Podem sofrer sedimentação pela ação de um ultracentrífuga;



v      Podem ser separadas do dispergente através de um ultrafiltro;



v      Podem ser observadas em um ultramicroscópio.



Exemplo: Gelatina em água.

 



Ø      As fases de agregação do disperso e do dispergente



As dispersões coloidais podem ser feitas utilizando o disperso e o dispergente nas fases de agregação indicas  no quadro a seguir:


Dispersões Coloidais


Disperso


Dispergente


Exemplos


Aerossol


Sólido


Gasoso


Fumaça (cinzas em ar)


Gel


Líquido


Sólido


Gelatina (água em proteína)


Emulsão


Líquido


Líquido


Maionese (azeite,vinagre e ovos)


Aerossol Líquido


Líquido


Gasoso


Neblina (água em ar)


Espuma Sólida


Gasoso


Sólido


Pedra-pomes (ar em sílica)


Espuma Líquida


Gasoso


Líquido


Creme chantily (ar em creme)
Observação: Toda dispersão coloidal que possui a água como dispergente é denominada hidrossol.

 

Ø      Classificação das dispersões coloidais



As dispersões coloidais podem ser classificadas quanto a dois critérios principais: natureza das partículas do disperso e afinidade entre o disperso e o dispergente.



1. Natureza das partículas do disperso




a)      Disperso Micelar: É constituído por aglomerados de átomos, íons ou moléculas.



Exemplo: Dispersão de moléculas de enxofre, S8, em água.

 



b)      Disperso Molecular: É constituído por macromoléculas, normalmente polímeros.



Exemplo: Dispersão de amido (C6H10O5)n , em água.

 



c)      Disperso Iônico:  É constituído de macroíons.



Exemplo: Dispersão de proteína em água.



 

2. Afinidade entre o disperso e o dispergente



a)      Dispersão coloidal liófila: A palavra liófilo vem de lyo  (dissolver) e philo ( amigo); indica portanto que há grande afinidade entre o disperso e o dispergente. É também denominada dispersão coloidal reversível. Quando o dispergente for a água, a dispersão coloidal é denominada hidrófila. Devido à afinidade entre as partículas do disperso e a do dispergente ocorre um adsorsão ou fixação das partículas do dispergente na superfície das partículas do disperso, formando uma película protetora que é denominada camada que é denominada camada de solvatação. A camada de solvatação permite que as partículas do disperso fiquem isoladas umas das outras. Com isso é possível transformar a dispersão coloidal em sol ou gel, conforme se adicione ou se retire dispergente. É por isso que esses colóides são ditos reversíveis.



v      A transformação de fase gel para a fase sol ocorre pela adição de dispergente e é denominada peptização (peptos = digerido).



v      A transformação de fase sol para a fase gel ocorre pela adição de dispergente e é denominada pectização (pektos = digerido).



Exemplo: Sabão em água, goma em água.



b)      Dispersão coloidal liófoba: A palavra liófobo vem de lyo (dissolver) e phóbos (aversão); indica portanto que praticamente não existe afinidade entre o disperso e o dispergente. É também denominada dispersão coloidal irreversível. Se a fase dispergente for água, a dispersão coloidal é denominada hidrófoba. A formação de uma dispersão coloidal liófoba não é espontânea e a passagem de gel a sol é muito difícil.Para aumentar a estabilidade de uma dispersão coloidal liófoba, podemos adicionar um colóide protetor, ou seja, uma dispersão coloidal liófila adequada, que agiria como uma camada de soltavação. Um exemplo importante de colóide protetor é a gema de ovo, que estabiliza a mistura de azeite e vinagre ou ainda, a mistura de gelatina em água que age como colóide protetor da tinta nanquim (colóide liófobo).



Exemplos: Al (OH)3 , em água, AgCl em água.

 



Ø      Propriedades de uma dispersão coloidal




As dispersões coloidais possuem as seguintes propriedades principais:



1. Movimento Browniano



O movimento browniano é resultante dos choques das partículas (principalmente quando este se encontra na fase gasosa ou líquida) com as partículas do disperso. Devido a estes choques constantes, as partículas do disperso adquirem um movimento de ziguezague ininterrupto que pode ser observado ao ultramicroscópio. 



2. Efeito Tyndall




O efeito Tyndall é na verdade um efeito óptico de espalhamento ou dispersão da luz, provocado pelas partículas de uma dispersão coloidal do tipo aerossol. O efeito Tyndall é o que torna possível, por exemplo, observar as partículas de poeira suspensas no ar através de uma réstia de luz, ou, ainda, observar as gotículas de água que formam a neblina através do farol do carro. 



3. Carga Elétrica




Como normalmente todas as partículas do disperso de uma dispersão coloidal apresentam a mesma carga elétrica, elas ficam em suspensão devido à repulsão elétrica contínua. A carga elétrica das partículas do disperso depende diretamente da quantidade de cátions ou de ânions presentes no sistema.



a)      Sistemas com excesso de cátions: As partículas irão adsorver esses cátions, adquirindo carga elétrica positiva.



Exemplo: Dispersão coloidal preparada em meio ácido.



b)      Sistemas com excesso de ânions: As partículas irão adsorver esses cátions, adquirindo carga elétrica negativa.


Exemplo: Dispersão coloidal preparada em meio básico.



É importante observar que haverá um momento durante essa transformação em que as micelas serão neutras e a dispersão coloidal, descarregada; neste momento dizemos que a dispersão coloidal atingiu seu ponto isoelétrico.

 

4. Eletroforese




Quando uma dispersão coloidal é submetida a um campo elétrico, todas as partículas do disperso migram para um mesmo pólo.



a)      Cataforese: Em uma dispersão coloidal positiva, as partículas do disperso migram para o pólo negativo, que é denominado cátodo.



b)      Anaforese: Em uma dispersão coloidal negativa, as partículas do disperso migram para o pólo positivo, que é denominado ânodo.



Quando uma dispersão coloidal se encontra no seu ponto isoelétrico, as partículas do disperso não migram para nenhum dos pólos, pois estão descarregados.

 



SUSPENSÕES




As suspensões ou dispersões grosseiras são misturas heterogêneas onde o componente que aparece em menor quantidade é denominado disperso e o componente que aparece em maior quantidade é denominado dispergente. Em uma dispersão coloidal, as partículas do disperso possuem as seguintes características:



v      São agregados de átomos, íons ou moléculas, ou até agregados de macromoléculas ou macroíons;



v      Possuem diâmetro maior que 1000 Å;



v      Sofrem sedimentação pela ação da gravidade ou pela ação de uma centrífuga comum;



v      Podem ser separadas do dispergente por filtração comum;



v      Podem ser vistas a olho nu ou através de um microscópio comum.



Exemplo: Areia em água.

 



BIBLIOGRAFIA



Fonseca, Martha Reis Marques da  Química Integral, 2º grau: volume único/Martha Reis. – São Paulo: FTD, 1993.



Suplementado por livro do professor.



1.Química (2º grau) I. Título.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Física - Apostilas de Espelhos planos

Espelhos Planos 

 Aqui seguem apostilas sobre espelhos planos para download via 4shared.com
Para fazer o download, clique nos links em verde abaixo: 

Download: Apostila I - Física Óptica - Espelhos Planos I
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Download: Apostila II - Física Óptica - Espelhos Planos II
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Como fazer download pelo 4shared.com:


Clique nos correspondentes links em verde (que se encontrão mais abaixo), abrirá uma janela com o download.

Após isso, clique em Download (Botão Azul):



Após isso, espere 10 segundos e clique Click here to download this file:




segunda-feira, 12 de abril de 2010

Apostilas - Viroses e Bacterioses

Aqui seguem apostilas de viroses e bacterioses, respectivamente, para download via 4shared.com.
Todas as apostilas abaixo foram feitas pelo Curso Pré-Vestibular Impacto. 


DOWNLOADS: 

Viroses

 Preview:


Preview: 


Bacterioses

*Atenção: A imagen a seguir é reail e para quem tem estômago forte, se você não tem os requesitos, não baixe a apostila porque vem sem a marquinha vermelha e consequentemente você nao se sentirá bem. 
 Preview:
  
Preview: 


Como fazer o download via 4shared.com: 

Clique nos correspondentes links em verde (que se encontrão mais abaixo), abrirá uma janela com o download.

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