segunda-feira, 31 de maio de 2010

Videogames antes de dormir podem alterar seus sonhos!

Retirado de: Hypescience.com


 Você sabia que videogames antes de dormir podem alterar seus sonhos?




Videogames e sonhos, ambos representam realidades paralelas. Mas como ambos exercem um efeito sobre a mente da pessoa, podem interferir um no outro, principalmente se a pessoa joga videogame antes de dormir. É o que revela um estudo de pesquisadores da Universidade Grant MacEwan, no Canadá.

A ideia do estudo surgiu no início dos anos 90, quando uma das pesquisadoras passou a observar seu filho jogando games antes de dormir e percebendo, através de relatos ao longo do tempo, que ele costumava ter sonhos lúcidos. Nesse caso, sonho lúcido significa que a pessoa tem consciência de que está apenas sonhando.

A partir daí, a pesquisadora passou a tentar relacionar as duas coisas. Observando outros jogadores de videogame comparados a pessoas que não jogavam, ela percebeu que os “gamers”, em geral, tinham maior controle sobre o sonho, se lembravam bem de detalhes que haviam sonhado e sabiam que não se tratava da realidade.

Isso sugere, segundo a pesquisadora, uma espécie de condicionamento psicológico. Quando a pessoa passa horas em um jogo, podendo controlar perfeitamente uma realidade que não é a sua, seu cérebro se acostuma a fazer isso. Também foi descoberto que os jogadores de videogame passem frequentemente “da primeira para a terceira pessoa no sonho”, tendo sua própria visão do ambiente, e depois vendo si mesmos a partir da visão de um observador.

Outro estudo formulou a teoria de que o videogame faz com que o jogador sofra menos em um pesadelo, já que a situação crítica daquele mundo irreal é observada, de forma semelhante, nos jogos. Além disso, crianças que costumam jogar têm menos medo dos pesadelos. Neste caso, aparece o único ponto negativo dos games: uma relativa agressividade do jogador. Por estar psicologicamente em um postura agressiva, devido ao jogo, a criança não se sente intimidada com a situação que um pesadelo proporciona na sua mente.

domingo, 30 de maio de 2010

Reações Inorgânicas - Síntese, Adição, Dupla-Troca e Deslocamento.

Segue abaixo o download de um SUPER SLIDE muito bem explicado sobre as reações inorgânicas


Download via 4shared.com: http://www.4shared.com/document/FH9gF4qd/2974273-Quimica-Teoria14-Reaco.html
Como vimos na seção anterior, a relação entre as velocidades da luz nos dois meios é chamada de índice de refração. Veja, na tabela ao lado, o valor da velocidade da luz em vários meios. Na última coluna vemos o índice de refração supondo que a luz vai do ar para o outro meio. Então, se a luz vai do ar para o vidro, o índice de refração n é dado pela divisão da velocidade da luz no ar (300.000 km/s) pela velocidade da luz no vidro (200.000 km/s). Logo, n = 1,5. 


  
Quanto maior o índice de refração de um material, em relação ao ar, maior será o desvio da luz quando passa do ar para esse material. Veja, na figura abaixo, o desvio da luz quando passa do ar para os três meios relacionados na tabela acima. Em todos os casos, a luz incide na interface que separa os meios com um ângulo de 60o, para podermos comparar. O desvio é maior para o diamante, que tem o maior índice de refração.


 



P>
 Observe, também, que o caminho da luz é reversível. Isto é, a figura acima mostra a luz passando do ar para o outro meio, mas, também serve para mostrar a luz passando do outro meio para o ar. Por exemplo, se a luz vem da água com um ângulo de 40º, ela passará para o ar com um ângulo de 60º. Portanto, quando o feixe de luz passa de um meio para outro onde sua velocidade é maior, ele se afasta da normal. Essa observação é essencial para entender algumas consequências interessantes que vêm a seguir.

Pode-se verificar experimentalmente que uma parte do raio incidente é refletida pela superfície de contato e outra parte é refratada, isto é, passa para o outro meio mas com direção diferente.



Em relação à reta normal à superfície de contato,


Fig. 01

θ1 é o ângulo de incidência.

θ1' é o ângulo de reflexão.

θ2 é o ângulo de refração.



E as relações básicas que determinam os dois fenômenos podem ser facilmente observadas de forma experimental:

                               Fig. 01



Na reflexão, ocorre a igualdade de ângulos:



θ1 = θ1' #A.1#.



Na refração, ocorre a proporção de senos:



sen θ1 / sen θ2 = n21 #B.1#.



Onde a constante n21 é denominada índice de refração do meio 2 em relação ao meio 1.



Pode-se verificar, também de forma experimental, que o índice de refração é igual à relação das velocidades da luz nos meios:



n21 = v1 / v2 #C.1#.

ig

Portanto, no exemplo da Figura 01, a velocidade no meio 1 deve ser maior que a velocidade no meio 2 porque θ1 > θ2.



Na prática, os índices de refração são dados em relação ao vácuo, onde a velocidade da luz é a constante física c (aproximadamente 3 108 m/s). Assim,



n = c / v #D.1#.



Esse parâmetro é denominado índice absoluto de refração.



E o índice entre dois meios pode ser dado pelos seus valores absolutos:



n21 = v1 / v2 = (c/n1) / (c/n2) = n2 / n1 #E.1#.



Material n Material n
Água a 25ºC 1,33 Glicerina 1,473
Álcool etílico a 20ºC 1,36 Poliestireno 1,59
Ar 1,00029 Quartzo 1,46
Diamante 2,417 Vidro óptico tipo crown 1,50 − 1,62
Gelo 1,31 Vidro óptico tipo flint 1,57 − 1,75


Tabela 01 - Índices absolutos de refração de alguns materiais.



Índice de refração do quartzo em relação ao comprimento de onda da luz
Fig 02
Das fórmulas anteriores, pode-se facilmente concluir que o índice de refração do vácuo é igual a 1. Conforme tabela, o valor para o ar é bastante próximo de 1 e é assim considerado quando não há grandes exigências de precisão.



Entretanto, o índice de refração varia com o comprimento de onda (isto é, a cor) da luz incidente. Os valores da tabela anterior são médios para o espectro visível.



O gráfico da Figura 02 dá uma idéia da variação do índice de refração do quartzo em relação ao comprimento de onda da luz.




Esse comportamento do índice de refração tem importantes aplicações na decomposição de espectros luminosos, assunto de páginas ou tópicos posteriores.






A reflexão total e o ângulo crítico

Vimos, na seção anterior, que um feixe de luz que sai da água para o ar se afasta da normal. Na figura ao lado, o feixe (AO) vem da água com um ângulo de 40º com a normal. Ao passar para o ar, se desvia e passa a fazer um ângulo de 60º com a normal (OB). Se o ângulo na água for aumentando, o ângulo no ar também aumenta. Quando o ângulo na água chega a 49,75º (CO), o ângulo do feixe no ar passa a ser 90o (OD), isto é, o raio de luz sai rasante à superfície da água. Esse ângulo de 49,75º é o ângulo crítico para a luz que sai da água para o ar. E, se a incidência se der com um ângulo maior que o ângulo crítico, 60º (EO), por exemplo? Nesse caso, toda a luz se reflete na superfície e volta para a água (OF). Isso se chama de reflexão total. 




 


Nessa animação a luz vai de baixo para cima, da água para o ar.
Observe que, quando o ângulo é menor que o ângulo crítico, a luz se reflete e se transmite, ao mesmo tempo. Mas, quando o ângulo é maior que o ângulo crítico, toda a luz se reflete. É por isso que esse fenômeno se chama de reflexão total.

 

Quanto maior o índice de refração do meio de onde sai a luz, menor o ângulo crítico. Portanto, maior a chance de haver reflexão total. Procure entender bem esse ponto pois logo mais ele será útil.
 

Questões - Estudo dos Gases

Gases:

1. Qual a velocidade média das moléculas de um gás que ocupa um recipiente de capacidade igual a 2 litros, tem massa igual a 20 gramas e pressão equivalente a 2 atmosféras?

Resolução: 

Lembrando que existe uma relação entre estas grandezas expressa por:


Podemos isolar a grandeza que desejamos calcular, ou seja, a velocidade:



Convertendo os dados do problema para grandezas do SI:



Utilzando os dados na equação:





2. Em um tubo com pressão constante de 1atm ocorre uma transformação. Sendo a temperatura inicial igual a 20°C e a final igual a 0°C, de quantas vezes o volume foi modificado?

Resolução:  



Como pressão não pode ser diferente da pressão atmosférica, então a transformação é Isobárica, sendo regida por:



Neste caso, não é necessário converter as unidades para o SI, pois ambas têm mesma característica:



Lembrando que é necessário que as temperaturas estejam em escala absoluta:



Então o volume final é maior que o inicial, com a razão de 0,93.



3. Qual a energia cinética média das moléculas de 10 mols de um gás perfeito, na temperatura de 100°C? E na temperatura de 100K? Considere R=8,31 J/mol.K

Resolução: 

Sabemos que a energia cinética média das moléculas de um gás é dado por:



No entanto a temperatura utilizada é a absoluta, por isso deve ser convertida, para o primeiro caso:



Aplicando estes valores na equação:



Para o segundo caso (T=100K):





Transformações:

1. Um gás sofre uma expansão sob temperatura constante, o volume ocupado inicialmente pelo gás era 0,5 litros, e no final do processo passou a ser 1,5 litros. Sabendo que a pressão inicial sob o gás era o normal no ambiente, ou seja, 1 atm, qual a pressão final sob o gás?

Resolução: 

Como a temperatura não é modificada durante a transformação, esta é Isotérmica, sendo regida pela equação:



Neste caso não é necessário converter as unidades para o SI pois ambas têm mesma característica, ou seja volume é expresso em litros e pressão em atm, portanto, a pressão final será dada em atm:







2. Em um tubo aberto ocorre uma grande compressão em um gás que torno o volume ocupado por ele 10 vezes menor. Sendo a temperatura inicial igual a 20°C, qual será a temperatura final?

Resolução: 

Como o tubo é aberto, a pressão não pode ser diferente da pressão atmosférica, então a transformação é Isobérica, sendo regida por:



Neste caso não é necessário converter as unidades para o SI pois ambas têm mesma característica:



Mas o volume inicial é igual a 10 vezes o volume final:

Estudo dos Gases em Física


Estudo dos gases






  1. Teoria cinética dos gases
  2. Pressão e temperatura de um gás
  3. Gás ideal
  4. CNTP
  5. Lei de Boyle e lei de Charles e Gay-Lussac
  6. Transformações isotérmica, isobárica e isocórica
  7. Equação geral dos gases perfeitos
  8. Equação de estado de um gás perfeito
  9. Volume molar de um gás
  10. Fração molar, pressão parcial, pressão total, volume parcial e volume total
  11. Densidade de um gás
  12. Efusão e difusão de gases - Lei de Graham





Teoria cinética dos gases

Características de uma substância no estado gasoso - Não tem forma e nem volume próprios. Um gás tem a forma do recipiente onde está contido e ocupa todo o espaço limitado pelas paredes do recipiente. O volume de um gás é o volume do recipiente onde está contido.
Modelo do estado gasoso (teoria cinética dos gases) - Um gás é constituído por moléculas isoladas, separadas umas das outras por grandes espaços vazios em relação ao seu tamanho e em contínuo movimento de translação, rotação e vibração.










Gás ideal

Gás ideal ou gás perfeito - É um modelo teórico. É um gás que obedece às equações p·V/T = k e p·V = n·R·T, com exatidão matemática.
Na prática, temos gases reais. Um gás real tende para o gás ideal quando a pressão tende a zero e a temperatura se eleva.










Lei de Boyle e lei de Charles e Gay-Lussac

Lei de Boyle - A temperatura constante, o volume ocupado por uma quantidade fixa de um gás é inversamente proporcional à sua pressão.



P·V = k = constante
Lei de Charles e Gay-Lussac - A volume constante, a pressão de uma massa fixa de um gás varia linearmente com a temperatura do gás em graus Celsius.
A pressão constante, o volume de uma massa fixa de um gás varia linearmente com a temperatura do gás em graus Celsius.
Com a introdução da escala absoluta, as leis de Charles e Gay-Lussac foram assim enunciadas:



  • A volume constante, a pressão de uma massa fixa de gás é diretamente proporcional à temperatura absoluta do gás.

  • A pressão constante, o volume de uma massa fixa de gás é diretamente proporcional à temperatura absoluta do gás.






Equação geral dos gases perfeitos



p·V

——

T
= k ou p1·V1

——

T1
= p2·V2

——

T2

(número de mols constante)


ISOBÁRICA
(p1 = p2)
V1

——

T1
= V2

——

T2
lei de Charles
e Gay-Lussac
ISOCÓRICA
(V1 = V2)
p1

——

T1
= p2

——

T2
lei de Charles e
Gay-Lussac
ISOTÉRMICA
(T1 = T2)
p1·V1 = p2·V2 lei de Boyle







Volume molar de um gás


Volume molar é o volume de um mol de substância.

O volume molar de um gás é constante para todos os gases a uma mesma pressão e temperatura.

Nas CNTP, o volume molar é igual a 22,4 L/mol.






Densidade de um gás


Densidade de um gás nas CNTP:


dCNTP = M
——
22,4
g/L


Densidade de um gás a uma pressão p e temperatura T:


d = p·M
——
R·T


Densidade de um gás A em relação a um gás B:


dA,B = MA
——
MB


Densidade de um gás A em relação ao ar:


dA,ar = MA
——
Mar
= MA
——
28,8








sábado, 29 de maio de 2010

Reações de Dupla-Troca

Segue aqui o link para download com uma SUPER-APOSTILA muito bem explicada e de fácil entendimento sobre as reações de Dupla-Troca!

Preview:

Download via 4shared.com: http://www.4shared.com/document/b_cfaAXB/3395764-Quimica-Aula-08-Reacoe.html


Exercícios sobre Dupla-Troca com resolução




Download via 4shared.com: http://www.4shared.com/document/TppY8O8k/Exercicios_duppla_troca.html


As Algas - Características Gerais

• Aquáticas ou terrestres
• Água doce ou salgada
• Uni ou multicelulares
• Corpo = talo
• Cloroplasto – clorofila, xantofila, corotenos
• Maioria com células dotadas de parede celular – celulose + ágar, carragenina ou carbonato de cálcio.
• Constituem o plâncton – fitoplâncton e zooplâncton
• Nutrição autotrófica

FILO CHLOROPHYTA (clorofíceas ou algas verdes)


 • Uni ou multicelulares
• Maioria aquática – água doce ou salgada
• Associação com fungos – líquens
• Dentro de células de animais

FILO PHAEOPHYTA (feofíceas ou algas pardas)


(sargassum)

• Todas multicelulares e marinhas.
• Tamanho: poucos centímetros a mais de 60 metros de comprimento.
• Cor – bege claro ao marrom-amarelado.
• Acúmulo de carbonato de cálcio na parede celular – aspecto petrificado rígido


(kelps)

FILO RHODOPHYTA (rodofíceas ou algas vermelhas)

• Maioria multicelular
• Aquáticas e terrestres.
• Cor – varia desde o vermelho até o roxo-escuro.
• Acúmulo de carbonato de cálcio – talo rígido
• Se assemelham à recifes de coral onde vivem.

FILO BACILLARIOPHYTA (diatomáceas)
• Unicelulares
• Água doce e salgada.
• Carapaça – frústula constituída de sílica
• Substâncias de reserva – óleos
• Flutuando nas superfícies de lagos e mares ou presas à superfície de organismos marinhos
• Diatomito – matéria-prima de polidores, filtros e isolantes.



FILO CHRYSOPHYTA (crisofíceas ou algas douradas)



• Marinhas e de água doce
• Aspecto dourado devido aos pigmentos marrom-amarelados e a iridescência produzida pela sílica

FILO EUGLENOPHYTA (EUGLENÓIDES)



• Unicelulares
• Livre-nadantes
• Maioria de água doce
• Sem parede celular
• Presença de uma película flexível.
• Geralmente com 2 flagelos- um curto e outro longo
• Estigma ou ocelo na base do flagelo – perceber intensidade luminosa
• Vacúolo contrátil- elimina o excesso de água por osmose.
• Nutrição – em ambientes iluminados realizam fotossíntese. Quando no escuro apresentam um modo heterotrófico de nutrição.
• Há espécies sem cloroplastos.

FILO DINOPHYTA (dinoflagelados)

 

• Unicelulares
• Maioria marinha
• 2 flagelos
• Outra denominação para o filo – Pyrrophyta
• Alguns com nutrição heterotrófica
• Algumas espécies vivem dentro de células de protozoários e animais marinhos.
• Maré vermelha – Multiplicação exagerada dessas algas

Reprodução assexuada
• Divisão binária
• Fragmentação
• Zoosporia



Reprodução sexuada

Algas unicelulares: cada organismo comporta-se como um gameta. Dois indivíduos sexualmente maduros fundem-se e originam uma célula diplóide (zigoto) contida no interior de um envoltório formando o zigósporo. A célula diplóide para por meiose e origina quatro células haplóides. Cada uma dessas células origina um novo organismo, que na maturidade poderá reproduzir-se assexuadamente ou repetir o ciclo sexuado.


Conjugação: células de alguns filamentos da alga diferenciam-se, transformando-se em gametas masculinos. Em outros filamentos, células diferenciam-se em gametas femininos. Tubos que se formam entre células masculinas e femininas de diferentes filamentos permitem que o gameta masculina atinja o gameta feminino, fecundando-o. A fecundação origina o zigot, que se liberta do filamento materno e se multiplica, dando origem a um novo talo.



Alternância de gerações: a alga Ulva apresenta dois tipos de talos, muito semelhantes na aparência, mas formados ou por células diplóides ou por células haplóides. Talos diplóides (2n) são chamados de esporófitos; algumas de suas células diferenciam-se e passam por meiose, originando células haplóides (n), os esporos.
Os esporos libertam-se do talo diplóide que os originou e, ao encontrar condições adequadas, germinam e produzem talos haplóides, os gametófitos (n). Na maturidade, algumas céluas do gametófito diferenciam-se; seu núcleo multiplica-se por mitose e origina dezenas de gametas haplóides falgelados. Estes libertam-se dos gametófitos e fundem-se dois a dois, produzindo zigotos diplóides. O desenvolvimento do zigoto dá origem a um talo diplóide, que na maturidade repetirá o ciclo.

Reino Protista (Protozoa)

Os protozoários

Resumo:

•Unicelulares
•Heterotróficos
•Maioria aquática – água doce, salgada, regiões lodosas e terra úmida.
•Vida livre ou no interior de outros organismos (parasitas ou mutualismo)
•Citóstoma – região especializada para entrada de alimento.
•Digestão intracelular é feita pelos lisossomos.
•Citoprocto – região celular por onde ocorre a defecação celular.
•Protozoários de água doce – vacúolos contráteis (osmorregulação).


Os protozoários são seres unicelulares, mas, diferentemente das bactérias, eles tem carioteca (cariomembrana, são eucariontes). São complexos, com sistema reprodutor, digestivo, de locomoção, produção de energia, etc), por isso, por muitos anos, foram considerados “animais unicelulares”. Eles ainda podem viver em colônias, sozinhos ou parasitando. Podem ser encontrados em água doce, salgada, em terras úmidas ou ainda dentro de outros seres. Seu modo de vida é livre, mas alguns protozoários são parasitas, e podem causar doenças ao homem.

Reprodução

Os representantes do reino protista se reproduzem através de bipartição (conhecida também como cissiparidade ou divisão binária). Como nas bactérias, a célula cresce, têm seu núcleo dividido em dois, através da mitose (reprodução assexuada), e então, o resto da célula se divide, originando duas células genéticamente idênticas. Veja mais detalhes sobre a reprodução no artigo sobre Reprodução e Ciclo de Vida dos Protozoários.
Classificação dos Protistas

Os protozoários podem ser classificados de acordo com seu modo de locomoção:


- Rizópodes: locomoção por pseudópodes, que são pseudo-pés (pés-falsos);
- Ciliados: locomoção através de cílios;
- Flagelados: locomoção através de flagelos;
- Esporozoários (ou apicomplexos): não têm sistema de locomoção;

Rizópodes (Filo Rhizopoda)

Grupo onde é encontrado a Ameba, que usa muitos pseudópodes para locomoção. Observe na figura:



A ameba é um ótimo exemplo de protozoário. Obtêm alimentos através do processo chamado fagocitose, e digere o alimento nos vacúolos digestivos.

A densidade do seu citoplasma é maior que a da água que o envolve no ambiente, por isso ela tem que periódicamente realizar a osmose, que é fazer o equilíbrio de água dentro do organismo. Para isso, ela utiliza os vacúolos pulsáteis para expulsar a água em excesso. Na realidade, o nome pulsátil é errôneo, pois o que acontece é que o vacúolo se forma cheio de água dentro da célula, se desloca até a membrana celular, e se desfaz lá, jogando a água para fora, e não como se fosse um “coração” batendo frenéticamente.

Ciliados (Filo Ciliophora)


Resumo:
•Estruturas locomotoras – cílios
•Maioria de vida livre
•Poucas espécies parasitas
•Relação de mutualismo.
•Macronúcleo – funções vegetativas
•Micronúcleo – participa exclusivamente dos processos sexuais








Os ciliados recebem este nome pois se movem com o auxílio de cílios, que estão em toda a superfície do protozoário. Este tipo aparece geralmente em água doce e salgada, e onde existe matéria vegetal em decomposição. Eles executam também outro tipo de reprodução, chamado de conjugação (sexuada), onde uma célula transmite material genético para outra célula, ocasionando uma variabilidade genética, o que é essencial para qualquer tipo de ser vivo. Depois da conjugação, as células realizam a reprodução assexuada.



Flagelados (Filo Mastigophora)

Resumo:

•Locomoção por meio de flagelos.
•Ocorrência: água doce ou salgada.
•Vida livre ou sésseis.
•Relações de mutualismo ou parasitismo.
•Espécies parasitas (Trypanosoma cruzi, Leishmania brasiliensis e Trichomonas vaginalis).

Os flagelados são de vida livre e muitos deles são parasitas de humanos. Eles se locomovem por meio de flagelos, como:




Trichomonas vaginalis - fica alojado no aparelho reprodutor humano, geralmente nas mulheres, na vagina. Provoca muita coceira, ardência e corrimento, a Tricomoníase.



Giardia lamblia – causa a giardíase, no intestino. os sintomas são náuseas, cólicas, diarréia, etc.


E também: Leishmania brasiliensis (causa a Leishmaniose); Tripanossoma cruzi (Doença de Chagas);


Esporozoários (Filo Apicomplexa)

No grupo dos esporozoários encontram-se os protistas que não têm qualquer tipo de sistema de locomoção. Todos eles são parasitas obrigatórios. O nome “Apicomplexos” vêm de uma parte do protista, responsável pela perfuração da membrana celular das futuras células hospedeiras. Os mais comuns são do gênero Plasmodium, que causam a Malária, e do gênero Toxoplasma, que causam a toxoplasmose. Atualmente já foram contabilizadas aproximadamente 5.000 espécies de apicomplexos. Os representantes deste filo são parasitas comuns de animais, tais como vermes, equinodermos, insetos e vertebrados. Podem ser parasitas intra ou extracelular (ou ambos), isso dependerá da espécie em questão. Os representantes do filo apicomplexa são responsáveis pela malária, que é uma doença parasitária, eleita a nº 1 da humanidade. Também são chamados de Esporozoários.

Resumo:

•Exclusivamente parasitas
•Sem estruturas locomotoras
•Complexo apical – desempenha papel importante na penetração desses


Filo Actinopoda

Resumo:

•Apresentam pseudópodes afilados, os axópodes, sustentados por um eixo central e que se projetam como raios em torna da célula.
•Radiolários - exclusivamente marinhos.
•Heliozoários – água doce
•Radiolários – cápsula interna central, esférica e perfurada, constituída de quitina e ligada a um esqueleto formado por espículas de sílica.
•Citoplasma com muitos vacúolos (armazenamento de óleos) – reserva nutricional e flutuação.
•Radiolários obtém parte do alimento a partir das zooxantelas endossimbióticas.
•Heliozoários – esféricos com ou sem estruturas esqueléticas.
•Vivem no fundo de lagos de água doce ou sobre a vegetação submersa, capturando ativamente alimento por fagocitose.
 



 Heliozoários


 Radiolários 


Filo Foraminifera (foraminíferos)

Resumo:

•Protozoários dotados de carapaça externa com perfurações, através das quais se projetam finos pseudópodes, utilizados na captura de alimento.
•Maioria marinha
•Vasas – rochas sedimentares resultado do depósito de carapaças desses organismos.
•Rochas sedimentares petrolíferas.
•Estrutura de locomoção: Pseudópodos ramificados e pequenos



Foraminífera

Renascimento - Movimento Literário

INTRODUÇÃO
Renascimento é o nome que se dá a um grande movimento de mudanças culturais, que atingiu as camadas urbanas da Europa Ocidental entre os séculos XIV e XVI, caracterizado pela retomada dos valores da cultura greco-romana, ou seja, da cultura clássica. Esse momento é considerado como um importante período de transição envolvendo as estruturas feudo capitalistas.
As bases desse movimento eram proporcionadas por uma corrente filosófica reinante, o humanismo, que descartava a escolástica medieval, até então predominante, e propunha o retorno às virtudes da antiguidade. Platão, Aristóteles, Virgílio, Sêneca e outros autores greco-romanos começam a ser traduzidos e rapidamente difundidos.
 



 Platão

Os Valores


O movimento renascentista envolveu uma nova sociedade e portanto novas relações sociais em seu cotidiano. A vida urbana passou a implicar um novo comportamento, pois o trabalho, a diversão, o tipo de moradia, os encontros nas ruas, implicavam por si só um novo comportamento dos homens. Isso significa que o Renascimento não foi um movimento de alguns artistas, mas uma nova concepção de vida adotada por uma parcela da sociedade, e que será exaltada e difundida nas obras de arte.
Apesar de recuperar os valores da cultura clássica, o Renascimento não foi uma cópia, pois utilizava-se dos mesmos conceitos, porém aplicados de uma nova maneira à uma nova realidade. Assim como os gregos, os homens "modernos" valorizaram o antropocentrismo: "O homem é a medida de todas as coisas"; o entendimento do mundo passava a ser feito a partir da importância do ser humano, o trabalho, as guerras, as transformações, os amores, as contradições humanas tornaram-se objetos de preocupação, compreendidos como produto da ação do homem.
Uma outra característica marcante foi o racionalismo, isto é, a convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do homem e pela ciência, a recusa em acreditar em qualquer coisa que não tenha sido provada; dessa maneira o experimentalismo, a ciência, conheceram grande desenvolvimento. O individualismo também foi um dos valores renascentistas e refletiu a emergência da burguesia e de novas relações de trabalho. A idéia de que cada um é responsável pela condução de sua vida, a possibilidade de fazer opções e de manifestar-se sobre diversos assuntos acentuaram gradualmente o individualismo. É importante percebermos que essa característica não implica o isolamento do homem, que continua a viver em sociedade, em relação direta com outros homens, mas na possibilidade que cada um tem de tomar decisões.
Foi acentuada a importância do estudo da natureza; o naturalismo aguçou o espírito de observação do homem. O hedonismo representou o "culto ao prazer", ou seja, a idéia de que o homem pode produzir o belo, pode gerar uma obra apenas pelo prazer que isso possa lhe proporcionar, rompendo com o pragmatismo.
O Universalismo foi uma das principais características do Renascimento e considera que o homem deve desenvolver todas as áreas do saber; podemos dizer que Leonardo da Vinci é o principal modelo de "homem universal", matemático, físico, pintor e escultor, estudou inclusive aspectos da biologia humana.


Canhão, invenção de Leonardo da Vinci



ITÁLIA: O Berço do Renascimento

Esse é uma expressão muito utilizada, apesar de a Itália ainda não existir como nação. A região italiana estava dividida e as cidades possuíam soberania. Na verdade o Renascimento desenvolveu-se em algumas cidades italianas, principalmente aqueles ligadas ao comércio.
Desde o século XIII, com a reabertura do Mediterrâneo, o comércio de várias cidades italianas com o oriente intensificou-se , possibilitando importantes transformações, como a formação de uma camada burguesa enriquecida e que necessitava de reconhecimento social. O comércio comandado pela burguesia foi responsável pelo desenvolvimento urbano, e nesse sentido, responsável por um novo modelo de vida, com novas relações sociais onde os homens encontram-se mais próximos uns dos outros. Dessa forma podemos dizer que a nova mentalidade da população urbana representa a essência dessas mudanças e possibilitará a Produção Renascentista.
Podemos considerar ainda como fatores que promoveram o renascimento italiano, a existência de diversas obras clássicas na região, assim como a influência dos "sábios bizantinos", homens oriundos principalmente de Constantinopla, conhecedores da língua grega e muitas vezes de obras clássicas.



Florença



A Produção Renascentista

É necessário fazer uma diferenciação entre a cultura renascentista; aquela caracterizada por um novo comportamento do homem da cidade, a partir de novas concepções de vida e de mundo, da Produção Renascentista, que representa as obras de artistas e intelectuais, que retrataram essa nova visão de mundo e são fundamentais para sua difusão e desenvolvimento. Essa diferenciação é importante para que não julguemos o Renascimento como um movimento de "alguns grandes homens", mas como um movimento que representa uma nova sociedade, urbana caracterizada pelos novos valores burguesas e ainda associada à valores cristãos.
O mecenato, prática comum na Roma antiga, foi fundamental para o desenvolvimento da produção intelectual e artística do renascimento. O Mecenas era considerado como "protetor", homem rico, era na prática quem dava as condições materiais para a produção das novas obras e nesse sentido pode ser considerado como o patrocinador, o financiador. O investimento do mecenas era recuperado com o prestígio social obtido, fato que contribuía com a divulgação das atividades de sua empresa ou instituição que representava. A maioria dos mecenas italianos eram elementos da burguesia, homens enriquecidos com o comércio e toda a produção vinculada à esse patrocínio foi considerada como Renascimento Civil.
Encontramos também o Papa e elementos da nobreza praticando o mecenato, sendo que o Papa Júlio II foi o principal exemplo do que denominou-se Renascimento Cortesão.



Moisés, obra de Michelangelo para o Papa Julio II



A Expansão do Renascimento

No decorrer do século XVI a cultura renascentista expandiu-se para outros países da Europa Ocidental e para que isso ocorresse contribuíram as guerras e invasões vividas pela Itália. As ocupações francesa e espanhola determinaram um conhecimento melhor sobre as obras renascentistas e a expansão em direção a outros países, cada um adaptando-o segundo suas peculiaridades, numa época de formação do absolutismo e de início do movimento de Reforma Religiosa.
O século XVI foi marcado pelas grandes navegações, num primeiro momento vinculadas ao comércio oriental e posteriormente à exploração da América. A navegação pelo Atlântico reforçaram o capitalismo de Portugal, Espanha e Holanda e em segundo plano da Inglaterra e França. Nesses "países atlânticos" desenvolveu-se então a burguesia e a mentalidade renascentista.
Esse movimento de difusão do Renascimento coincidiu com a decadência do Renascimento Italiano, motivado pela crise econômica das cidades, provocada pela perda do monopólio sobre o comércio de especiarias.
A mudança do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico determinou a decadência italiana e ao mesmo tempo impulsionou o desenvolvimento dos demais países, promovendo reflexos na produção cultural.





Miguel de Cervantes, representante do Renascimento espanhol


Outro fator fundamental para a crise do Renascimento italiano foi a Reforma Religiosa e principalmente a Contra Reforma. Toda a polêmica que desenvolveu-se pelo embate religioso fez com que a religião voltasse a ocupar o principal espaço da vida humana; além disso, a Igreja Católica desenvolveu um grande movimento de repressão, apoiado na publicação do INDEX e na retomada da Inquisição que atingiu todo indivíduo que de alguma forma de opusesse a Igreja. Como o movimento protestante nõ existiu na Itália, a repressão recaiu sobre os intelectuais e artistas do renascimento.